Placas no telhado do Bloco A

Resultado de uma ação coordenada pelo pró-reitor de Administração do IFMG, Leandro da Conceição, foram adquiridas Usinas Fotovoltaicas (UFV) para o Campus Formiga e outros 5 campi do IFMG. A usina recém instalada no campus implicará em uma economia de cerca de R$ 70 mil por ano. Além da economia, a usina proporcionará a realização de estudos do funcionamento e confiabilidade dos sistemas, tendo em vista que o Campus já possui pesquisadores nesta área.

A instalação dos equipamentos já foi concluída e agora o Campus aguarda a liberação da Cemig para que a UFV IFMG Formiga, nome que a usina será chamada pela Cemig, possa entrar em operação. Esta liberação deverá ser feita até o mês de setembro.

A usina é composta por 110 módulos fotovoltaicos (placas), que funcionam com um inversor e um transformador de 25 kVA 380/220V. Esses módulos foram instalados no telhado do Bloco A do Campus uma vez que este prédio encontra-se na orientação ideal, recebendo os raios solares por um intervalo maior de tempo. Enquanto houver incidência solar nas placas, a usina funcionará. Estima-se que a potência do sistema será de 28,600 kWp, a produção anual de energia será de aproximadamente 46.675 kWh e que a redução de emissão de CO2 seja de aproximadamente 32,7 toneladas por ano. 

Conforme explica o técnico em Eletrotécnica Alysson Fernandes, esses módulos são responsáveis por captarem os raios solares e os transformarem em eletricidade. “A luz solar é pura energia, composta de pequenos elementos denominados fótons. Quando os fótons atingem a célula fotovoltaica, parte deles é absorvida. Esses fótons despertam os elétrons do material semicondutor, gerando assim eletricidade. Quanto maior a intensidade da luz solar, maior o fluxo da eletricidade.

A eletricidade gerada pelos módulos encontra-se em corrente contínua (DC), que pode ser imediatamente usada ou armazenada em baterias.  No caso do Campus Formiga optou-se pelo uso imediato, bem como interligar todo o sistema à rede da Cemig, faz se necessário o uso Inversor, que nada mais é que um equipamento que irá converter a corrente contínua (DC)  em alternada (CA) com as características (frequência, conteúdo de harmônicos, forma da onda, etc) necessárias para atender as condições impostas pela concessionária. Devido à tensão de saída do Inversor ser 380Vca e a tensão da rede ser 220Vca fez se necessário o uso de um transformador para nivelar as tensões”.

Alysson explicou que como a UFV IFMG Formiga é interligada ao sistema da Cemig, o medidor do Campus lerá a tensão nos dois sentidos: “quando estivermos consumindo mais do que gerando – por exemplo, no período noturno - estaremos consumindo energia da Cemig; quando estivermos produzindo energia mais do que consumimos - finais de semanas e feriados, por exemplo - a Cemig comprará essa sobra e no final do mês será realizado um balanço e gerado a fatura”.

O técnico em Eletrotécnica ainda destaca que, devido ao fato de que o inversor é ligado à rede, isso possibilita o monitoramento das informações da UFV de qualquer lugar, bem como armazena os dados para estudos futuros, assim, a quantidade de energia gerada pode ser verificada em qualquer momento do dia e/ou por períodos.

O Campus Formiga é o segundo campus do IFMG a implantar a usina. O IFMG adquiriu 10 unidades para serem implantadas em diversos campi. O valor do investimento de cada unidade foi de R$ 191.750,00 e estima-se que, no Campus Formiga, em no máximo três anos, a economia gerada cubra os custos do investimento, destinando o recurso que seria gasto com a fatura de energia elétrica para outras áreas como pesquisas, projetos de extensão e outras melhorias.